Biomédica é indiciada por homicídio doloso qualificado por morte de paciente que faleceu após procedimento estético

A biomédica Lorena Marcondes foi indiciada por homicídio doloso qualificado pela morte de Íris Martins, que faleceu após a realização de um procedimento estético na clínica da profissional, no dia 8 de maio deste ano, em Divinópolis, Minas Gerais.

A conclusão da Polícia Civil é que uma das causas da morte da paciente foi intoxicação por excesso de anestésico. Também foi constatado que houve choque hipovolêmico, ou seja, grande perda de sangue ocasionada por perfurações no abdome, e também broncoaspiração.

Foi constatado que a biomédica realizava em sua clínica procedimentos cirúrgicos de grande porte, que só podem ser realizados por médicos. Lá, além de medicamentos utilizados para fins cirúrgicos, foi encontrado PMMA, substância que ela não tinha autorização legal para utilizar. Não foram encontrados qualquer tipo de aparelhagem para monitoramento dos pacientes, nem mesmo para aferimento da pressão sanguínea.

A Sociedade Brasileira de Dermatologia Regional Minas Gerais (SBD-MG) manifesta seu repúdio à prática da medicina por não médicos e parabeniza a Polícia Civil do Estado de Minas, que realizou uma extensa investigação sobre o caso, evitando, assim, que outros pacientes arriscassem suas vidas.

“A Lei do Ato Médico, que estabelece as atividades que são privativas ao médico no nosso país, deve ser levada a sério. Somente assim podemos proteger a saúde da população e garantir que o exercício da medicina seja realizado por profissionais qualificados e regulamentados”, diz a Dra. Gisele Viana, presidente da SBD-MG.

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